Um estudo para comparar o satralizumabe com placebo em pessoas com encefalite autoimune
A Study to Evaluate the Efficacy, Safety, Pharmacokinetics (PK), and Pharmacodynamics (PD) of Satralizumab in Participants With Anti-N-methyl-D-aspartic Acid Receptor (NMDAR) or Anti-leucine-rich Glioma-inactivated 1 (LGI1) Encephalitis
Transtorno Autoimune Encefalite autoimune Encefalite autoimune LGI1 Encefalite autoimune NMDAR
Detalhes básicos
1. Por que este estudo é necessário?
A encefalite é uma doença rara causada por inchaço ou inflamação no cérebro. Ela pode ser uma doença autoimune, quando o corpo ataca células saudáveis por engano. Nesses casos, é conhecida como "encefalite autoimune" (EAI). Na EAI, proteínas denominadas "anticorpos" atacam por engano tecidos e proteínas saudáveis. Normalmente, os anticorpos fazem parte do sistema imune. É a defesa natural do organismo contra infecções ou outras substâncias estranhas. Os tipos mais comuns de EAI são denominados EAI "NMDAR" e "LGI1", batizadas de acordo com o tipo de anticorpo nocivo envolvido.
Atualmente, não existem tratamentos aprovados para a EAI. Os médicos usam terapias para enfraquecer o sistema imunológico, reduzir a inflamação, impedir que o corpo produza anticorpos ou remover temporariamente os anticorpos nocivos do sangue. São necessários novos tratamentos aprovados para EAI, que possam ser usados por um longo período para proteger o cérebro.
Este estudo está testando um medicamento chamado satralizumabe. Ele está sendo desenvolvido para tratar as EAI NMDAR e LGI1.
O satralizumabe é um medicamento experimental. Isso significa que as autoridades de saúde (como a Agência de Medicamentos e Alimentos dos EUA (FDA) e a Agência Europeia de Medicamentos) ainda não aprovaram o satralizumabe para o tratamento da EAI. Este estudo tem como objetivo comparar os efeitos do satralizumabe em relação a um medicamento não ativo (placebo) em pessoas com EAI NMDAR e LGI1.
2. Quem poderá participar do estudo?
Pessoas com, pelo menos, 12 anos de idade com EAI NMDAR, ou pelo menos 18 anos de idade com EAI LGI1 podem participar se tiverem apresentado sintomas de EAI durante 9 meses ou menos.
Pessoas que tenham outras doenças, como infecções, doença cardíaca ou pulmonar não controlada, ou que tenham tido câncer nos últimos 5 anos talvez não possam participar deste estudo. Pessoas que receberam certos tratamentos, como tratamentos que afetam o sistema imune, talvez não possam participar. Gestantes ou mulheres que estejam amamentando não podem participar do estudo.
3. Como este estudo funciona?
As pessoas passarão por um processo de triagem para verificar se podem participar do estudo. O período de triagem ocorrerá 1 mês antes do início do tratamento.
Este é um estudo “controlado por placebo”. Isso significa que os participantes são colocados no grupo que receberá o medicamento ou no grupo que receberá um “placebo” (uma substância que se parece com medicamento, sem ingredientes ativos, que tem a mesma aparência e é tomado da mesma forma que o medicamento do estudo). A comparação dos resultados dos diferentes grupos ajuda os investigadores a saber se quaisquer alterações observadas resultam do medicamento do estudo ou se ocorrem por acaso.
Todos os participantes deste estudo serão colocados aleatoriamente em 1 de 2 grupos (como no jogo de cara ou coroa) e receberão satralizumabe OU placebo, administrados na forma de injeção subcutânea 3 vezes durante o primeiro mês e, depois, uma vez por mês. Os participantes terão a mesma probabilidade de serem colocados em cada grupo.
Este é um estudo duplo-cego. Isso significa que nem os participantes do estudo nem a equipe que realiza o estudo saberão qual tratamento está sendo administrado, até que o estudo termine. O objetivo é garantir que os resultados do tratamento não sejam afetados pelo que as pessoas esperam do tratamento recebido. No entanto, o médico do estudo poderá verificar em qual grupo o participante está incluído, se a segurança dos participantes estiver em risco.
Os participantes que já tomam medicamentos para enfraquecer o sistema imunológico (micofenolato, ciclofosfamida ou azatioprina) podem continuar a tomá-los na mesma dose. Isso é chamado de "terapia de base". Se a doença piorar e o participante precisar aumentar a dose de terapia de base ou fazer outro tratamento durante o estudo, isso é chamado de "terapia de resgate".
Após 1 ano de tratamento, haverá uma extensão de 2 anos. Na fase de extensão, os participantes podem escolher continuar tomando o medicamento do estudo "duplo-cego", começar a tomar satralizumabe (com o participante e o médico do estudo sabendo qual medicamento está sendo administrado, conhecido como tratamento "em caráter aberto") ou parar de tomar o medicamento do estudo e continuar as consultas para avaliações.
Durante este estudo, o médico do estudo verá os participantes a cada 2 semanas no primeiro mês e, depois, uma vez por mês durante cerca de 1 ano. Os médicos do estudo verificarão se o tratamento está funcionando bem e se os participantes estão apresentando algum efeito indesejável. Na fase de extensão, os participantes que iniciarem o satralizumabe em caráter aberto repetirão esse cronograma de consultas por 6 meses. A partir daí, o tratamento mensal poderá ser administrado na casa dos participantes, se preferirem, e os médicos telefonarão para o participante para verificar o bem-estar deles depois de cada tratamento. Aqueles que continuarem o tratamento mensal duplo-cego também poderão recebê-lo em casa a partir do início da fase de extensão. As visitas do estudo acontecerão de 3 em 3 meses, se o tratamento for administrado em casa.
Os participantes terão a consulta de acompanhamento 3 meses depois da conclusão do tratamento do estudo, durante a qual o médico do estudo verificará o bem-estar do participante. Os participantes com menos de 18 anos quando o estudo começou terão uma consulta extra 6 meses após o término do tratamento do estudo. O tempo total de participação no estudo será de 3 a 5 anos, dependendo de quando o participante entrar no estudo. Os participantes têm o direito de interromper o tratamento do estudo e de sair do estudo a qualquer momento, se assim o desejarem.
4. Quais são os principais resultados avaliados neste estudo?
Os principais resultados medidos no estudo para avaliar se o medicamento funcionou são:
- Número de participantes com melhora dos sintomas e capacidade de realizar atividades diárias sem necessidade de terapia de resgate após 6 meses de tratamento
- Número e gravidade de efeitos indesejáveis
Outros resultados importantes avaliados no estudo incluem:
- Período entre o início do tratamento e a melhora dos sintomas, e capacidade de realizar atividades diárias sem terapia de resgate
- Período entre o início do tratamento e a necessidade de terapia de resgate
- Número de participantes que não tiveram nenhuma convulsão durante, pelo menos, 1 mês sem terapia de resgate e até 6 meses após o início do tratamento
- Alteração na gravidade dos sintomas de EAI desde o início do estudo até 6 meses
- Nível de bom funcionamento do cérebro (pensar, lembrar e raciocinar) após 6 meses
5. Existem riscos ou benefícios de participar deste estudo?
Participar do estudo pode fazer os participantes se sentirem melhor ou não, mas as informações coletadas no estudo podem ajudar outras pessoas com quadros clínicos semelhantes no futuro.
Durante a realização do estudo, é possível que o grau de segurança e de eficácia do tratamento do estudo não seja totalmente conhecido. O estudo envolve alguns riscos para o participante. No entanto, esses riscos não costumam ser maiores do que aqueles relacionados ao tratamento médico de rotina ou à progressão natural do quadro clínico. As pessoas interessadas em participar serão informadas sobre os riscos e benefícios, bem como sobre quaisquer procedimentos ou testes/exames adicionais que possam ser necessários. Todos os detalhes do estudo serão descritos em um termo de consentimento livre e esclarecido. Este documento inclui informações sobre possíveis efeitos e outras opções de tratamento.
Riscos associados ao satralizumabe
Os participantes poderão apresentar efeitos indesejáveis com o medicamento experimental usado neste estudo. Esses efeitos indesejáveis podem ser de leves a graves e, até mesmo, possivelmente fatais, e variam de pessoa para pessoa. Durante este estudo, os participantes terão consultas regularmente para verificar se há algum efeito indesejável.
Os participantes serão informados sobre os efeitos indesejáveis conhecidos do satralizumabe e sobre possíveis efeitos indesejáveis com base em estudos com seres humanos e laboratoriais ou com base no conhecimento sobre medicamentos semelhantes. Os efeitos indesejáveis conhecidos incluem infecções, reação alérgica ao medicamento, reação na pele onde foi feita a picada com a agulha para administrar o tratamento, dor nas articulações e baixo nível de um tipo de glóbulo branco (neutrófilos). Os efeitos indesejáveis conhecidos de uma injeção subcutânea incluem vermelhidão, inchaço ou erupção cutânea na pele onde foi feita a picada com a agulha para administrar o tratamento. O medicamento em estudo pode ser prejudicial para o feto. Mulheres devem tomar precauções para evitar expor o feto ao tratamento do estudo.
Esta página resume informações de sites de registro público, como ClinicalTrials.gov, EuClinicalTrials.eu, ISRCTN.com etc. Para saber mais sobre este estudo, consulte a guia Para profissionais médicos ou visite um desses sites.
As informações abaixo foram obtidas diretamente de sites de registro público, como ClinicalTrials.gov, EuClinicalTrials.eu, ISRCTN.com etc., e não foram editadas.
Results Disclaimer
For the latest version of this information please go to www.forpatients.roche.com